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O que é transplante renal?

O que é transplante renal?

É uma forma de tratamento indicado para pacientes portadores de IRC (Insuficiência Renal Crônica), onde retira-se um rim de um doador vivo ou de um paciente em morte cerebral (doador cadavérico), e implanta-o  no paciente receptor.

Quais os pacientes que podem ser submetidos à transplante?

Todos os pacientes que estão na diálise, e que não tenham infecções generalizadas, ou outras doenças graves em tratamento, como câncer, cirrose, doença cardíaca, cerebral avançada e tuberculose.

Quer dizer que os pacientes com tuberculose, câncer não podem ser transplantados? Por quê?

Pacientes com tuberculose ou outra infecção generalizada, deve-se aguardar o final do tratamento para começar a fazer os exames de transplante. No caso de pacientes com câncer, dependendo do tipo, deve-se aguardar 2  anos  após   a alta do  tratamento para observar se não houve retorno da doença. Isto porque quando se transplanta um paciente, ele começa a usar medicamentos que alteram seu sistema imunológico. Com isso, esse tipo de doença fica mais grave.

Quais as vantagens do transplante em relação à hemodiálise?

A qualidade de vida melhora, o paciente sente-se mais disposto e pode voltar a trabalhar. Porém, se compararmos tx com doador cadavérico e hemodiálise, a eficácia do tratamento é a mesma.

Qualquer pessoa pode doar um rim?

Pela lei, qualquer pessoa acima de 21 anos pode fazer doação. Com exceção do cônjuge, se pessoas não relacionadas (sem laço sanguíneo) forem doadores, deve existir uma determinada compatibilidade com o receptor, observada nos exames de sangue e autorização judicial para o de transplante.

Com qual parente é maior a chance da doação dar certo?

Primeiro irmãos, depois pais. Os demais parentes não trazem benefício em relação a doação cadavérica. Em alguns centros, porém eles também consideram que a doação de filhos para pais não é vantajosa.

O que é morte cerebral, e como é diagnosticada?

Morte cerebral é um estado irreversível, onde o paciente se encontra morto “medicamente”, sem reflexos, sem respiração própria, com pressão baixa que evoluiu para parada cardíaca em 24-36 horas. A minoria dos pacientes passa por esse estágio antes de falecer, e a causa disto geralmente é devido à derrame cerebral, traumatismo craniano. O diagnóstico é feito através de vários exames de sangue e neurológicos, com ajuda de mais de um médico, e após confirmada a morte cerebral, a família é abordada sendo explicado a irreversibilidade do quadro, e a possibilidade de doação de órgãos.

Quantos transplantes a pessoa pode fazer?

Não existe limite para transplante, porém, cada vez que não dá certo, a chance do próximo dar certo é menor.

O que é lista de espera? Todos os pacientes da CLIRE estão na lista? Qual o tempo de espera?

Esta é uma lista estadual, onde os pacientes são cadastrados por ordem de entrada. O tempo médio de espera na lista é de 3 anos. A lista é controlada pela Central de Transplante do Governo, e qualquer transplante realizado passa pela autorização da Central. Apesar de existir esta ordem, crianças e pacientes com problemas de acesso para diálise têm prioridade. Tem prioridade também se encontrar paciente com alta compatibilidade com o doador cadáver, mesmo se ele estiver no “fim da fila”. Só estão na lista de espera os pacientes da CLIRE que estão fazendo exames específicos para transplante, e que já consultaram algumas vezes em Curitiba.

Quais são os principais problemas que podem ocorrer após o transplante?

Os problemas mais sérios são os relacionados à infecção graves e maior chance de desenvolver alguns tipos de tumores e diabetes. As rejeições também podem ocorrer em qualquer fase pós-transplante (inclusive anos), e se não resolvida, pode precisar voltar à diálise.

Se o paciente ou familiar estiver interessado em transplante, qual é o primeiro passo?

Falar com o médico é o primeiro passo, pois é preciso saber se o paciente tem condições clínicas para transplante, se possui provável doador ou não. Se o paciente tiver doador (ou doadores), todos devem fazer tipagem sanguínea para ver se são compatíveis. Após, faz-se vários exames no doador e no receptor, para assegurar que nenhum problema de saúde passe sem ser diagnosticado, e depois, marca-se consulta em Curitiba para que a equipe de transplante conheça o paciente e seu doador. Se não tiver doador, vai para Curitiba da mesma forma, para entrar na lista de espera.

CFW Agencia Digital